2 de janeiro de 2008

o poeta que não sou

(parte I)

Ser poeta é realmente ser mais alto. É conhecer o sentido subtil e profundo das palavras. É conhecer os seus significados escondidos. É construir puzzles de sons e significados. É esculpir imagens, estimular sensações que dão baque. É provocar a memória e os desejos, escolhendo e lembrando o termo certo.

Eu não sou poeta. Desolé.



(parte II)

Eu não sou poeta e por isso sou ladrão. Há palavras e poesia que me cravam facas de tão próximas que são de mim. Eu não sou poeta e por isso roubo aos outros aquilo que não escrevo. Roubo versos e com eles componho os meus poemas. Descontextualizados esses versos ganham um novo sentido.

(lamento a possível desilusão mas os poemas guardo-os para mim).

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